Balanço de fim de ano?

Escrever é se libertar.

              Seis messes sem divulgar o Blog e com Posts mais acessíveis e bonitos, assim eu posso definir esse segundo semestre de 2013. Esse tempo eu quis me reinventar e achei muito libertador escrever num estilo "popular" e largando mais o lado "gótico depressivo ultra-romântico", apesar de mudar a estética dos poemas, não mudei a essência, o que mantém os leitores desse blog a voltarem a ler outros poemas novos.

             Para 2014 eu espero apenas continuar com o blog, sem forçar nada e sem me importar em divulgar. Afinal, sempre vem um bom pessoal aqui ler : )
E sobre o que vou escrever, também não faço a menor ideia... talvez o estilo será ALEATÓRIO, mas não sei (risos).

              Aqui vou separar os meus preferidos dessa fase, que apesar de ter poemas mais fáceis de ler, considero alguns muito bonitos (Talvez eu não consiga mais me superar!)

 1- A Tempestade
 2- Calor de Inverno
 3- O Beijo
 4- Primavera Retrasada
 5- Soneto Desapaixonado
 6- Fora Deste Mundo
 7- Vento Tempestade
 8- Soneto de Amor
 9- Constante Inconstância
10- Agora Acabou...

Obrigado a todo mundo que vem aqui!

Patrick Pinheiro
31/12/2013

Agora Acabou



Existe algo além do presente
Que não pode ser tocado
Não pode ser sentido
Mas pode ser sonhado...

Algumas marcas nunca somem
Porém, não voltam a doer.
Feridas podem demorar a curar,
Mas sempre curam.

A liberdade é uma dádiva
E toda dadiva deve ser valorizada.
Ser livre é poder escolher,
E se perder entre escolhas é comum,

A liberdade pode nos angustiar...

Dias passam, dias vem,
Mas nunca se repetem.
O que eu perdi hoje,
Posso recuperar amanhã,
Menos o tempo...

Por que o que passou já acabou
E o que acabou está acabado
E o que está acabado é passado
E passado não é mais uma escolha

O passado é uma prisão...

O futuro é feito de escolhas
Atitudes do presente.
Seguir ou ficar parado são escolhas,
E agora sim, agora acabou.

Patrick Pinheiro

31/12/13

Constante Inconstância



Não me considero arrogante,
Mas também não me vejo como humilde.
Às vezes sou como um jovem apaixonado
às vezes me sinto velho e frio.
Na verdade não sei quem sou.

Falo e esqueço,
Amo e desisto,
Ora acredito no futuro,
Ora me perco no passado...
Mas nunca consigo definir o que sou por completo.

Minha constante inconstância,
Que faz de mim único,
E também cada um no mundo.

Patrick Pinheiro
01/12/2013

Lagrimas de Vidro



Medo, como chorar.
Raiva do que se foi,
E o medo, onde está?
Talvez bem longe de mim

Você partiu quando acordei,
Acordei tarde demais...
Mas o que sentir sei?
Você já está em paz.

Choveu lagrimas de vidro,
Numa tarde cinza
Não sentiria aquilo
Se o fim fosse tranquilo.

Patrick Pinheiro

07/11/2013

Vento Tempestade



O vento passa pelo sol
Sem fazer nenhuma sombra,
Enquanto eu fico só
O passado me assombra.

Fúria, medo, raiva, rancor...
Minha podre natureza.
Eu nunca perdi esta dor,
Ou é apenas tristeza.

Independente do que for
Tenho agora teu amor
Delicada e bela flor,
Anjo do meu sonho,
Razão do meu tremor.

Patrick Pinheiro

10/11/2013

Não Existe Amor


Não existe amor
Só existem desejos,
Ora egoístas
Às vezes altruístas

Diga-me que estou errado
Eu realmente não ligo...

Não existe amor
Só existe respeito,
Que às vezes eu esqueço
Que deve estar lá.

O mundo espera que eu seja perfeito
Mas esquecem do que foi dito ontem,
Às vezes não queremos morrer
Queremos apenas sumir,

Sumir e um dia talvez aparecer...

Patrick Pinheiro

26/11/13

Sonho Impossível



Se lembra como costumava ser?
O sol iluminando o céu
Se lembra como costumava sentir?
E o dia nunca acabava...

Se lembra como costumava ser?
A lua sorrindo pra você
Se lembra como costumava sentir?
E a noite nunca acabava...

Foi o brilho dos seus olhos
E a esperança do que poderíamos ter sido,
Que me fez sonhar coisas impossíveis
Coisas impossíveis...

Mas agora sol se fechou
E os dias são cinzentos,
E a nossa lua se esconde
Entre nuvens e lagrimas.

E os meus sonhos estão longe agora,
Estão longe agora...

Patrick Pinheiro

01/11/13

Soneto de amor














Para a minha amada Gabriele

Gosto tanto do teu jeito
E quando você está aqui comigo.
Gosto tanto do teu cheiro
Quero sempre estar contigo.

Apesar da neblina
O que você me diz
Sempre me faz feliz

Não sei como é morrer
Mas imagino que seja
O mesmo que te perder

O teu beijo é doce
Teu jeito é meigo,
Se um dia tu fosse
Acabaria comigo.

Patrick Pinheiro

31/10/13

Para a minha amada Gabriele ♥

Poema de Despedida



Lembro-me de quando te conheci,
Lembro-me de quando te encontrei...

Era dia e o sol brilhava
Quando te encontrei,
Estava quente e claro,
Quando te encontrei

Um sorriso tímido na tua boca
Algo aqueceu o meu coração
Seria mais que uma paixão?
Com certeza não era ilusão

Passar um dia contigo
É ver clarear e escurecer
E não ver o tempo passar

Passar a noite contigo
É ver escurecer e clarear
E te ter abraçada comigo

Lembro de quando tu ia embora
Eu feliz naquela triste hora.
Mal sabia que te veria de novo
Mas agora não haverá...

Eu te beijo, eu te beijo, eu te beijo...
Eu queria estar junto de ti para sempre.

Patrick Pinheiro

01/11/13

Soneto sem métrica


Quando acordei chovia
Levantei e chovia
Olhei para o céu...
Chovia, chovia e chovia.

Fiquei horas de baixo do chuveiro
Ficaria assim o dia inteiro
Pensando no que errei
Lembrando tudo que já passei.

O meu reflexo no espelho
Ele mesmo já me dizia
Sobre a velha melancolia

E tudo que eu já vivi
Não é nada diante do que viverei
E que venha o futuro.

Patrick Pinheiro

14/10/13

Dia 29


Triste, triste, triste
Uma manhã linda
O sol brilha com vida
O céu azul limpo,
Mas é triste e triste.

Eu deveria tentar?
Se parecia ser fácil,
Poderia dizer?
As palavras me estão na mente.
Mas nada é certo
E é igual, mesmo que eu tente.

Mas quem vai saber?
Quem vai ouvir?
Não consigo mais sentir
Nada além de frio
Nada além de frio...

Patrick Pinheiro

29/10/13

Olhos de Boneca



A razão termina sim
No começo do medo
Em algum pesadelo.

Seguro você aqui
Nos meus braços apenas
Mórbidos como partir,
Sem sentir, me abati.

Esperando por algo
Enquanto fica tarde,
E tudo que eu faço?
Ver que você aguarde...

Em plena primavera
Nunca me senti tão frio.
Uma eterna espera
Mergulhado em um rio

Patrick Pinheiro
11/10/13


Soneto desapaixonado



Os artistas e seus sonhos
Cantam na rádio as suas dores,
Enquanto eu faço meus planos...
Eles lamentam seus falsos amores.

Não preciso de um coração
Nunca foi necessário sentir.
Nunca precisei de conexão
Para saber que estou aqui.

É mais que indiferença,
É ausência de qualquer crença.
A vida não é o que se pensa.

Enquanto as pessoas romantizam
O mundo cinzento não para
E os falsos amores não concretizam.

Patrick Pinheiro
11/10/2013

Aquele Sorriso



Manhã de domingo
Sol, céu e vida.
Noite chuvosa,
Escuridão nervosa.

É como estar ao teu lado
Ver teu sorriso iluminado
Que me trás doces lembranças,
Da minha velha infância
Perdida dentro de mim.

Escuro e claro
Como o anoitecer
Sombrio e mágico
É o teu sorriso
Que me fez viver...

Patrick Pinheiro
07/10/13

Indiferente



Somos tão perfeitos
Na imagem de um espelho embaçado

Tão fria quanto a morte
É esta ausência de qualquer coisa.
Empurro minhas mãos contra o meu rosto,
-Pra que chorar se isso nunca importou?
Nunca importou
E ninguém se importa.

Uma vida inteira de ilusões
E o medo toma conta do futuro
E do passado apenas decepções.
Reflexos de uma vida sem rumo

E esta angustia...
É por algum tormento?
Ou a minha ausência de sentimento?

Corro contra as trevas e me perco na luz
Caminhos tortos de medo
Me levaram a lugar nenhum

No espelho não consigo me ver
Sombras na parede do quarto
Vazio como se fosse morrer
E morrendo como se fosse viver.

Patrick Pinheiro

02/09/2013

Fora deste Mundo



Um dia tudo irá acabar
E tudo irá perecer,
Este dia irá chegar
Nós iremos morrer.

Nós vamos morrer
E nem vamos saber...

Morrer, perecer, padecer.
Sob a terra apodrecer
A única chance de aproveitar
A única chance de viver.

Não se trata de Eternidade
Nem de Imortalidade,
E sim de um tormento,
Correr para o nada.
Toda ciência e conhecimento,
Tudo se perder
Depois de morrer.

E de que vale deixar de herança?
Se depois de morrer
Nós nunca iremos saber
O que irá acontecer.

Patrick Pinheiro

21/08/13

Primavera Retrasada

Oi amigos!! Estava um pouco inspirado e gravei uma canção que fiz hoje mesmo :) Ainda não é uma versão definitiva, mas se vocês acharem legal eu gravo uma mais profissional.
ENJOY:





Ainda me lembro da primavera retrasada
Quando tudo era tao novo
Quando tudo era uma piada.

Correndo o brincando ao sol
como se nunca fossemos morrer
Sorrindo e nos beijando aos sol
Como se nunca fossemos morrer.

É assim,
Tudo na vida tem um fim,
Como a primavera acabou
o nosso amor terminou...

Solar



Os primeiros raios de luz
A alegria tira o capuz,
O sol sobre a terra se lança
Trazendo paz e esperança.

Decidi sair da escuridão
Quero a luz do bem no meu coração
É tão fácil apenas querer
Para então sentir esta boa vibração

Não preciso de feitiço ou magia
Para fazer a luz do coração brilhar,
Preciso apenas da luz do dia
E algo que me faça sonhar.

Patrick Pinheiro
04/08/13

Correndo para o nada


Todas as vezes que levanto de manhã
Não penso no que eu perdi
Nem no que terei.
Penso no que sonhei

Tudo aquilo que se foi agora
Nunca mais será meu.
O meu espirito que chora
É a criança que gemeu.

E você que partiu e me partiu,
Não te vejo mais como antes.
Nada em ti me encanta agora
Nem os teus olhos brilhantes

Depois que você se foi e caiu
Tudo que havia no teu rosto,
Junto com minha fascinação,
Caiu e contigo se partiu

Mesmo que você diga que me odeia
Sei que no fundo do seu coração
Ainda resta um pouco de carinho.

E toda vez que eu corro atrás
Você sempre vai embora
Para sempre...

Patrick Pinheiro

30/01/13

Abatido



Sentimento de solidão
Ou algo sobrando no peito
Ou algo faltando dentro.

Um coração no fundo
Lágrimas no escuro
Medo no meu mundo,
Passado e futuro.

Minha vida se perdendo
Entre as flores do pavor
Entre espinhos sofrendo,
É o meu choro de langor.

Tudo como a noite,
Aquela noite fria,
A noite da morte,
Morte do meu coração.

Se o futuro existe mesmo,
Por que tudo é tão escuro?
Se eu existo mesmo,
Por que só eu me escuto?

Desconexo deste plano
De tudo que existe
Não consigo esquecer
O que é desmerecer.

O Beijo



Fogo da vida
Lucidez da escuridão,
É o sentimento sombrio
De uma nova paixão.

Um beijo fez o meu coração reviver
Como um conto infantil,
Um beijo fez o meu corpo tremer
Como textura volátil.

Sua boca é o fogo do inferno
É o meu castigo moderno,
Fogo proibido da perdição
Minha destruidora tentação.

Eu nunca quis isso para mim
Quero você morta!
Eu nunca desejei isto assim
Eu quero você morta!

Patrick Pinheiro

28/07/13

Perto de você



Abri meus olhos para ver
E procurei mil maneiras de fazer chover
E ficar mais com você.

Furei o céu,
Sequei o mar.
Qualquer coisa mais
Para você ficar
E me fazer sonhar...

Não sei o que pensar
Nem o que falar
Para fazer você ver
O que me faz viver.

Como apaixonar e não se envolver?
É tão louco quanto te rever
Ou dançar e não se mexer.

Se não há mais o que dizer
Uma chuva pode resolver,
Por que quanto mais chover
Mais eu ficarei com você.

Patrick Pinheiro
23/07/13

Escolhi ser você

(Apenas mais um desenho meu)

Ela acordou, levantou lentamente e olhou pela janela. Era uma manhã chuvosa e cinzenta, ela esperava que fosse um dia de sol. Ela sempre pensa em coisas confusas e nunca conseguiu esquecer o que a faz chorar, mas o que ela realmente nunca soube, é o que ela já devia saber a muito tempo:

Só quem pode fazer mal a nós, somos nós mesmos. Quem a fez chorar, não sentirá a mágoa dela; Quem a fez sofrer, não escutará o choro dela. Apenas ela sofrerá com isto, e apenas ela pode escolher deixar toda a carranca do seu coração e ser livre para sempre.


Patrick Pinheiro
20/07/2013

Calor no inverno


(Pintura de Sootycure- Plainsong, por Jenny)

Foi só te ver
Para te querer
E só te ouvir
Para te sentir.

Um dia tão frio assim
Não poderia pensar
Que ouvir apenas um sim
Pudesse me esquentar.

Teus beijos são mais quentes que o sol
E os teus olhos me fazem viajar.
Me abraça e me leva para longe,
Com você, quero qualquer lugar.

Calor de inverno
Estamos tão perto,
Com você aqui
Tudo parece certo.

Patrick Pinheiro
17/07/13

Chuva de cores cinzentas



No anoitecer de um domingo qualquer
Onde o frio se faz o ar para respirar
E o cheiro da infância no ar,
Lembranças de magia e fantasia.

Mas esse ano o natal não começou
E esta sensação de vazio é comum.
Acham que a mentira é a vida,
Mas a vida sempre acaba...

Costumam mentir para si mesmos
Apenas para esconder o medo:
Todas as suas próprias mentiras,
E que o erro foi a coisa certa a se fazer.

O natal ainda não começou
Mas esta triste saudade...
E tudo o que você não pensou
Foi na sua idade.

Patrick Pinheiro
07/07/13

Por que te vi


                    (Esta pintura GENIAL é de Tom French  )

Meu coração bate frenético
Meu corpo treme incontrolável
Não conseguia mais ser ético,
Por que te vi.

Minha razão é insensata
Minha segurança caiu
O tempo verbal discorda,
Por que te vi.

Fico assustado como criança
Sentimento bizarro
Medo com esperança,
Por que te vi.

Nunca penso em nada
Muito menos em ti.
Mas ontem fiquei assim,
Só por que te vi.

Patrick Pinheiro

11/07/13

Lamina de Prata




O tempo fechado
Minha falta de inspiração
O vidro embaçado
Minha louca obsessão
Horário marcado
Nenhuma conclusão
Pensei que havia acabado
Essa depressão.

É sempre assim
Meus dias iguais
Entre horas casuais;
Sem você.

Alguma palavra
Qualquer poesia
E eu que achava
Que não acabaria,
E também pensava
Que tudo voltaria.
Era para ter acabado
Esta depressão.
Mas...

É sempre assim
Meus dias iguais
O vazio com o nada;
Sem você.

Patrick Pinheiro
30/06/13

O céu da noite



Nem tudo que brilha é real
E como toda luz que um dia apaga,
Qualquer sentimento morre
E todo o amor acaba.

A luz da lua, o brilho das estrelas,
O reflexo no mar, nada para pensar.

Dias cinzas pela janela
Gatos pretos no muro
Tédio no quarto dela
Ócio no meu mundo.

Com poesia, discos e livros,
Nada fica tão difícil.
São companheiros da solidão,
Mas foi só no inicio.

A luz na rua, a vida das abelhas,
Nada para falar, apenas caminhar.

Patrick Pinheiro
05/07/13

A Tempestade



Fria e lenta
Escorre na janela
Gotas de tormenta,
Dor violenta.

O vento lá fora
Não para de ventar,
A chuva lá fora
Não para de chover,
Tudo está fora do lugar,
E a dor aqui dentro
Não para de doer...

Patrick Pinheiro

11/06/2013

Reflexão

 (Assim eu passei a maior parte do semestre)

Faz mais de 7 messes que criei este Blog, e realmente foi mais do que eu imaginava. Esta semana parei um pouco e olhei para trás, li alguns poemas e textos que escrevi neste primeiro semestre. Me impressionei com algumas coisas, me assustei com outras, e com certeza amadureci muito. E com vocês que sempre vem aqui aprendi muito também! ^^

Decidi postar alguns poemas que mais me marcaram neste primeiro Semestre para vocês. Alguns foram SUPER acessados e outros nem tanto (Incrível que os meus favoritos quase não foram lidos), mas chega de blá blá e vamos à lista, em ordem cronológica:

  1 - Frio
  2 - Desejo
  3 - Mentiras
  4 - A Viúva 
  5 - Visão Alucinatória 
  6 - Desintegrando
  7 - Desejos Perdidos
  8 - Envelhecer
  9 - Balada dos perdidos partidos
10 - A Rosa do Tempo
11 - Perdendo-se 
12 - Flores de Inverno
13 - Começar
14 - Rage d Vivre sans toi
15 - Fim

Tem outros, que eu acho que são muito bons também. Mas acho que é hora de avançar e mudar um pouco, Esse mês postei algo um pouco diferente do estilo "deprê sem você" que eu sempre escrevia, acho que foi uma das coisas mais legais e sinceras que já escrevi. Então esse momento de reflexão deve marcar o fim de uma fase. Obrigado por sempre vir aqui e ler estes poemas mal divulgados, às vezes penso em acabar com tudo, e deixar o blog, mas é ai que eu lembro: eu não fiz ele para ser um blog popular, e sim, um blog particular e introspectivo, que as pessoas venham se identificar com as palavras e por ai :)
                   E que venham novas inspirações!

Não olhe para trás



Mesmo que seja lindo
Mesmo que seja mágico
Sei que o tempo está indo,
Não olhe para trás!

Mesmo que esteja te atraindo
Sabemos que é trágico
Não vale a pena viver fingindo,
Não olhe para trás!

Por que tudo o que você olhar,
Em nada poderá tocar.
Tudo o que você ver,
Nada poderá reviver.
E aquilo que você perder
Não poderá de novo ter,
Não poderá ter...

Quando você estiver caindo
E o sentimento fluindo
E a vida te desiludindo

Não olhe para trás!

Patrick Pinheiro
26/06/2013

O fim do mundo


Ele foi embora, ela ficou.
Ele esqueceu tudo, ela ficou.
Ele seguiu em frente, ela ficou,
“Ele é só um menino...”, ela pensou.

Quando as ambições acabam
E os sentidos são opostos,
A carência cresce frenética
E a tristeza violeta nasce. 

Existe um certo tipo de beleza na tristeza
Aquela estranha flor violeta
No jardim dos sentimentos...

-Não quero que acabe!
Mas não quero mais ficar com você...

Não é o fim do mundo,
O mundo já acabou faz tempo.
Não sou eu,
Nem você,
É só a vida ensinando a viver.

Patrick Pinheiro

17/06/13

Spleen



Tudo o que era deixou de ser
E o que será ainda não é.
Passado, presente e futuro...
Amarga reflexão sobre ver.

Tudo o que você pensou
Tudo o que você acreditou
Nada é assim,
Nada é real.

-Nada na vida é como eu acreditei ser...

“Oh nuvem da noite,
Por que não paras de chover?
Oh coração rubro...
Por que não paras de doer?”

Amargo como o fim,
Velho e frio,
O céu da vida fechou!
E o mundo ficou cinzento.

Patrick Pinheiro
21/06/13


Rage d vivre sans toi



              A chuva que escorre no vidro da janela
As lagrimas que caem junto com uma prece
Por dias melhores, e o pensamento nela.
O pensamento nela...

Sou como aquela vela no escuro
Sendo consumido pela chama misteriosa
Desintegrando e derretendo
E isto é só uma questão de tempo

Para que acabe comigo!

A lua projeta o seu perfil azul
Sobre uma terra de medo e fúria
De homens que se desconhecem
E vidas dizendo adeus,

À Deus...

Patrick Pinheiro
14/05/13