
A fúria é
minha companheira
A minha
amiga indispensável
Nunca me
deixou esta parceira
Fazendo-me
ser tão instável
Olhar nos
teus olhos e não se encantar
É como estar
morrendo e não correr.
Incomuns
olhos de sangue, de matar.
Ó fúria,
essa cólera faz-me um mal viver.
Há uma
garota me olhando agora
O céu está
limpo e o sol brilhando.
Sinto como
se estivesse sonhando
Mas sei que
há alguma coisa lá fora.
O céu ficou
cinzento e o sol ficou velho
A garota que
sorria está sem expressão
Devagar ela
abre a boca e o som é forte
Como um
tigre debatendo-se em pressão.
Grita como
uma trombeta infernal
Realmente
sei que não estou sonhando.
Um berro
frio como vento invernal
Treme a
terra e a todos está abalando.
“Por que
você nunca está satisfeito?”
“Por que em
tudo você vê defeito?”
“Pra quê
você tem tanto preconceito?”
“Você não vê
que também é imperfeito?”
O céu ficou
escuro e trevoso
Todos
ignoraram aquele grito.
E viveram
como se fosse bonito
Fazer o mal
e estragar o espirito.
Ela até hoje
continua a gritar
E ninguém
sabe como ouvir.
É o que
ninguém sabe tentar:
A
consciência própria ouvir...
Patrick
Pinheiro
23/01/13
És um poeta, disso não tenho dúvidas !
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