Um desejo
meu? Era ser estes óculos
Que ajudam
teus doces olhos a enxergar,
O batom que
desliza sobre teus lábios,
O encantado
livro que te faz viajar.
Um desejo
meu? Era ser a caneta
E sentir tua leveza ao escrever,
A canção que
te leva deste planeta,
A chuva que
sobre ti irá chover...
Um desejo
meu? Era ser o teu espelho
Que olha
diariamente tanta beleza,
A saia que
toca no teu delicado joelho.
Teu abajur,
e contemplar a tua singeleza.
Um desejo meu? Era ser o fino colar
Que envolve o teu esculpido pescoço,
O brinco na tua orelha e te embelezar.
O doce perfume no teu corpo gostoso.
Um desejo meu? Era ser da tua cama,
Que envolve o teu esculpido pescoço,
O brinco na tua orelha e te embelezar.
O doce perfume no teu corpo gostoso.
Um desejo meu? Era ser da tua cama,
A colcha, o
edredom e o travesseiro,
Contigo dormir, ser o teu pijama.
O teu urso de pelúcia, teu parceiro.
Um desejo
meu? Que tenhas saudades
De todas
aquelas fogosas noites,
De todas
aquelas calmas tardes...
Patrick
Pinheiro
14/01/13
No fundo, um desejo que mostra a saudade por detrás de si. Um belo texto, profundo para aquele que sabe ver.
ResponderExcluirSaudades que nos acompanha, triste elas são , ou não, sempre há boas saudades
ResponderExcluirEita só desejos calientes ^^
ResponderExcluirUm belo, profundo e sincero texto, que inspirado, inspira também. Uma das poesias mais bonitas que li nos últimos anos.
ResponderExcluirObrigado pelos elogios gente!
ResponderExcluirNossa! Você é um gênio! Como conseguiu misturar o cotidiano simples e sem graça em um poema fascinante? Não sei se conseguiu ou conseguirá alcançar quem ama com essa poesia, só sei que me tocou demais!! Além de um ótimo poeta você é um ótimo cronista. Já pensou em fazer crônicas de amor? Acho tão maneiro :]
ResponderExcluirCompreendo seu ponto. Não desmereci as traduções. Sou um grande entusiasta do Haroldo de Campos, inclusive li sua tradução. Adorei, mas tinha consciência de que não estava lendo Homero, e sim Haroldo. E esse é meu ponto: saiba que você não está lendo Homero. O que continua ali é a história contada, mas não a forma. Por isso afirmei que essa leitura em verso não compensa; é trabalhosa e os leitores em geral buscam por Homero interessados na história contada, não no estilo.
ResponderExcluirbelíssimo texto!
ResponderExcluir